O metal, além de dar brilho ao cristal, consegue deixá-lo mais firme. Assim, em vez de o copo de cristal absorver a maior parte da energia provocada pelo atrito com o dedo, como faz um copo comum, acaba devolvendo parte dessa energia em forma de som. A sonoridade é tão agradável que é possível fazer música usando vários copos.
Em entrevista a revista Mundo Estranho, o físico da USP, Cláudio Furukawa, afirma que “Quando variamos o nível da água, alteramos as condições de ressonância do copo. Fazemos com que ele vibre em frequências, ou notas, diferentes”.
Na Polônia, uma dupla de musicistas tiram melodias clássicas de um instrumento pra lá de frágil: uma harpa feita com copos de vinho, a qual Anna e Arkadiusz tocam apenas com as pontas dos dedos. Os dois produzem sons diferentes passando as pontas dos dedos molhadas nas bordas dos copos. O repertório é feito com as músicas clássicas mais populares, além de algumas composições próprias.
Mas tirar música do vidro não é novidade. Mozart e Beethoven compuseram várias obras numa harmônica de vidro, mas em meados do século XIX, o instrumento desapareceu do cenário musical europeu.
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