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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

LEMBRANÇAS

     A Declaração Universa dos Direitos Humanos foi aprovada no dia 10 de dezembro de 1948. Depois da Segunda Guerra Mundial, contabilizando as mortes inocentes, os escombros, as destruições inúteis, soou um momento de sensibilidade na absoluta maioria dos representantes das nações.
     Depois de 60 anos, porém, a desigualdade teima em se perpetuar; as armas e o poder econômico são os argumentos para impor determinado jeito de pensar e viver; e os meios de comunicação, em geral, nos querem fazer crer que Direitos Humanos é defesa dos “bandidos”... Ainda precisamos muita indignação para não nos acostumar com a injustiça.
      Por que não podemos sonhar com a possibilidade de que todos os humanos sejam tratados segundo sua dignidade?

Conhecimento

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O estudo é a energia
Não deixe para amanhã
Hoje sempre é o melhor dia.
Estude regularmente
Conheça novos caminhos
Inteligência todo mundo tem
Mas conhecimento não se faz sozinho.
Elimine coisas inúteis
Nunca pare de aprender
Tudo isso é conhecimento
O grande mestre do saber.
A escola
 

Educação

Escola, educação
O que podemos pensar...
Ela tem grande importância
Precisamos acreditar. Hoje uma preocupação
Surgiu, me pus a pensar
O que eles pensam da vida
Quando não querem estudar?
O jovem meio perdido?
A escola a não se encontrar?
Nem encontrá-lo
Será que vamos desmoronar?
Não sei, não pode, não deve
Mas, o que se deve fazer
Pensar, usar a criatividade
O que ele precisa aprender?
Acorda Brasil, acorda!
Nenhum de nós quer morrer
Sabe-se que um povo sem cultura,
Chega a desaparecer!
Essa luta é de todos:
Professor, aluno e seus pais
Mesmo com dificuldades
Desistir, desesperar, jamais!!!


de Rosângela Maria Silva
João Câmara - RN - por correio eletrônico
Um Grito Parado No Ar
Toquinho

Quem souber de alguma coisa
Venha logo me avisar.
Sei que há um céu sobre essa chuva
E um grito parado no ar.


Para conversar:
- Qual a importância dos movimentos sociais na defesa de direitos básicos como moradia, terra, trabalho, educação etc.? Por que esses movimentos continuam sendo reprimidos e criminalizados, tratados como caso de polícia? A quem isso interessa?

- Que outros movimentos conhecemos que estão conquistando espaço e adesão das pessoas? Como os jovens vêm se mobilizando hoje para participar destes movimentos?
http://www.youtube.com/watch?v=dRxjkBoAVJM&feature=colike


De onde brota a dignidade?

     Direitos Humanos é uma idéia nascida da consciência e da necessidade de preservar a vida e tudo o que nela está imbricado. No entanto, ao longo dos tempos, este conceito foi assimilado culturalmente como se os portadores destes direitos fossem sempre os outros, aqueles que estão numa situação de extrema indignidade. Nunca a gente (eu, você e nós). Faz-se necessário um grande esforço para ressignificar as palavras, lembrando que são os conceitos que dizem o que as coisas são.

     A cultura é formada por todos os valores, as posturas, as atitudes, os costumes, a educação, os conceitos e a construção de identidades que são materializadas no cotidiano. Através de nossa cultura fomos alimentando a ideia de que sempre temos mais deveres a serem cumpridos do que direitos a serem usufruídos. Muitas vezes, ainda, entendeu-se que direitos são privilégios de uma classe social, povo ou nação, em detrimento dos demais. Desta forma, gerou-se um grande distanciamento entre o conceito de dignidade humana e as pessoas, o que leva muitos de nós a não nos sentirmos incluídos quando se fala de direitos humanos.

Ser gente

     A defesa da vida, que também é defesa da dignidade humana, engloba o que a humanidade, através de muita luta e conquista, reconheceu como direitos humanos. O que vem a ser dignidade humana? É difícil definir, mas todos entendemos quando ela falta a alguém (como aquilo que define a própria noção de humanidade, enquanto condições mínimas e básicas para ser gente). Basta olharmos para a nossa realidade cotidiana que facilmente percebemos inúmeras realidades de indignidade.

     Como existem os que lutam pela dignidade alheia, existem os que são violados em seus direitos e existem os que querem reduzir direitos humanos à defesa daqueles que transgrediram regras e leis sociais. Quem luta por seus direitos e pelos direitos dos outros, por sua vez, nem sempre é bem compreendido, porque a defesa da vida humana (da dignidade) exige uma postura firme e radical. Vida e morte não são meio-termos e não nos permitem nunca vacilar, pois todos somos responsáveis pela manutenção da vida, e vida que deve ser vivida na mais absoluta plenitude.

     Mas como criar identidade com direitos humanos? Que tal começar considerando-se a si mesmo como portador de direitos, de liberdade, de dignidade, ao mesmo tempo diferente e igual aos outros. Pois diferenças e semelhanças não são critérios para auferir nossa dignidade. O que temos em comum é o fato de que somos humanos e comungamos das mesmas necessidades. Se me considero portador de direitos humanos, assim devo também considerar meus familiares, meus amigos, aqueles que conheço e aqueles que ainda não conheço, aqueles de quem gosto e até aqueles de quem não gosto. Sim, todos que são humanos, como eu.

Das palavras às ações

     Desconhecemos outra maneira de mudar culturalmente conceitos ou idéias senão pelo caminho da educação. Educação em direitos humanos não é somente um conteúdo a ser ensinado, mas pressupõe, antes de tudo, a vivência de valores e atitudes que cultivem a preservação da vida, das singularidades e das diferenças. Para mudarmos atitudes e conceitos precisamos ser motivados, sensibilizados e estimulados a compreender o ser humano em suas diferentes situações e realidades.

     Acreditamos que ainda temos tempo para a sensibilidade humana. Esperamos que esta mesma sensibilidade, da qual todos somos portadores, gere compromissos solidários para uma incondicional defesa da dignidade de todos. O convite é para transformarmos nossas palavras em ações a favor da humanidade, a que está nos outros e a que está em nós.

     Já dizia Gonzaguinha: “E é tão bonito quando a gente entende que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá. E é tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho por mais que pense estar”.

Questões para debate:

1) Em que situações a dignidade humana não é respeitada?
2) Por que os defensores dos direitos humanos não são compreendidos na sociedade?
3) Como educar e como passar das palavras às ações em direitos humanos?


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